“A Justiça Federal recebeu a denúncia feita pelo Ministério Público Federal em Sergipe (MPF/SE) contra o ex-superintendente da Polícia Federal (PF) no Estado, Rubem Patury, o empresário Zuleido Veras e mais dois lobistas que trabalhavam para este. Patury tornou-se réu no processo por ter recebido 7 mil reais de Zuleido para custear a sua festa de posse em Sergipe em 2005, além de ajuda financeira para sua campanha eleitoral em 2006, quando se candidatou a deputado estadual no Tocantins.
Os outros dois réus no processo, Francisco de Assis Borges Catelino e Joel de Almeida Lima ambos lobistas de Veras, ajudaram o dono da empresa Gautama a fazer contato com o então superintendente da PF, bem como a realizar o pagamento da propina. A Justiça Federal, porém, não aceitou a denúncia contra a esposa de Patury, Magna Soraya da Silva Patury, e contra o empregado da Gautama, Florêncio Brito Vieira.
O procurador da República Eduardo Botão Pelella já recorreu pedindo ao juiz Federal da 2ª Vara, Ronivon de Aragão, que aceite a denúncia também contra eles. De acordo com a denúncia, oferecida pelo MPF em março de 2009, Magna Soraya emprestou sua conta bancária para que fosse depositado os 7 mil reais de propina. Já Florêncio Vieira trabalhava no setor financeiro da Gautama, participando da operacionalização da distribuição de propinas.
Festa – Esta denúncia é um desdobramento das investigações da Operação Navalha. As interceptações telefônicas judicialmente autorizadas apontam que Zuleido Veras custeou a festa de posse de Rubem Patury na Superintendência da PF em Sergipe. O delegado da PF teria ainda recebido ajuda financeira de Zuleido em 2006, quando se candidatou a deputado estadual no Tocantins. De acordo com a denúncia, Zuleido Veras desejava contar com uma possível proteção de Patury em futuras investigações da PF sobre as obras da Gautama no Estado.
À época, as irregularidades das obras executadas pela Gautama na duplicação da adutora do Rio São Francisco já estavam sendo investigadas pelo MPF/SE. A Controladoria-Geral da União estimou em mais de 170 milhões de reais os prejuízos causados por essas irregularidades”.
Gabriela Amorim
Assessoria de Comunicação
Procuradoria da República em Sergipe
Assessoria de Comunicação
Procuradoria da República em Sergipe
Nenhum comentário:
Postar um comentário