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sexta-feira, 19 de março de 2010

Mulher mata o marido a facadas

Uma briga entre marido e mulher terminou em morte na noite de anteontem. Por volta das 18 horas, Nádia Paula dos Santos, de 37 anos, matou o marido, Roberval da Anunciação Ferreira, de 36, com duas facadas, uma na boca e outra nas costas. O crime ocorreu na residência do casal, na Rua Régis Pacheco, em Campinas de Pirajá. Roberval ainda foi socorrido por populares para o 8° posto médico de São Caetano, mas morreu. Após o crime, Nádia tentou fugir, mas foi alcançada por policiais e presa em flagrante.
A acusada alega ter matado o marido por estar cansada de ser espancava e traída. Informações do registro de ocorrências da 4ª CP apontam que, após uma discussão motivada por ciúmes, Nádia quebrou o celular do marido e ele começou a agredi-la. Ao correr em direção à cozinha, a acusada pegou uma faca, tipo “peixeira”, e golpeou o companheiro. Ferido, Roberval correu e caiu a cerca de 100 metros de distância da casa.
Ao ver o marido sendo socorrido pela vizinhança, Nádia tentou se livrar da faca usada no crime, jogando-a no telhado da residência de uma vizinha, identificada como Maria Conceição da Fonseca Souza. A acusada ainda se escondeu em um matagal, próximo ao local do crime, mas foi cercada pela população que ameaçava linchá-la. Porém, a ação dos moradores foi contida com a chegada da polícia.
Com a foto do filho nas mãos e lágrimas nos olhos, Teresinha Maria da Anunciação, de 64 anos, contou que quatro anos e oito meses de convivência não foram suficientes para que ela conhecesse a nora. “Nunca pensei que ela pudesse fazer isso com meu filho. Meu filho nunca encostou a mão nela. Todo mundo aqui gosta muito dele. Ela que é uma pessoa problemática e tinha um ciúme doentio”, afirmou a mãe.
Familiares de Roberval foram até a casa da vítima e após a saída da perícia, afirmam ter encontrado outra faca na bolsa de Nádia. “O crime foi premeditado. Como uma pessoa que diz que agiu para se defender carregava uma peixeira dentro da bolsa? Ela já estava planejando matá-lo há muito tempo”, acusa Sandro da Anunciação Ferreira, de 29 anos, um dos quatro irmãos da vítima. Segundo familiares, Roberval sempre foi uma pessoa querida e desde que passou a conviver com Nádia, se afastou muito dos amigos.
 “Ele era uma pessoa muito calma. Aqui na rua estão todos chocados com a morte dele. Ninguém nunca ouviu dizer que ele batia nela. As brigas deles eram normais, de qualquer casal”, contou uma vizinha, que não quis se identificar.
CIÚME - Os chinelos sujos de sangue encontrados na entrada da casa evidenciaram a violência. A residência, onde o casal morava foi construída por Roberval com o dinheiro adquirido nos serviços de pedreiro e com a aposentaria que recebia por invalidez, devido a um problema pulmonar. Familiares da vítima contaram ainda que por ciúme, Nádia proibia o marido de conversar com qualquer mulher.
Com a foto do filho nas mãos, dona Teresinha contou que a comemoração do aniversário do filho, no dia 20 de fevereiro, foi uma espécie de despedida para ela. "Nunca pensei que isso pudesse acontecer comigo", lamentou.
De acordo com a delegada Ana Francisca Matos de Andrade Rosa, da 4ª CP, o crime foi motivado por ciúme. “Antes de golpeá-lo, ela ainda quebrou o celular dele dizendo que ele estava cheio de mulheres na rua”, afirmou a delegada. Roberval deixou  três filhos, menores de 14 anos, frutos de outros relacionamentos.

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