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quarta-feira, 31 de março de 2010

Dez ministros deixam governo para concorrer às eleições

A poucos dias do final do prazo dado pelo TSE para a desincompatibilização das autoridades que desejam concorrer às eleições de outubro, dez ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se despediram do governo nesta quarta-feira em uma cerimônia no Palácio do Itamaraty, em Brasília.
Entre os que deixaram o gabinete está a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, que foi substituída por Erenice Guerrra, que ocupava até esta quarta-feira o cargo de secretária-executiva da Casa Civil.
Em um discurso em que se mostrou emocionada, Dilma disse sentir uma "alegria melancólica" por deixar o governo e aproveitou para alfinetar a oposição, a quem chamou de "viúvos do Brasil que cresceu pouco", de acordo com informações da Agência Brasil.

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que já foi cotado para assumir o posto de vice da candidatura Dilma, mas que vê esta possibilidade se tornar cada vez mais remota, deve anunciar se permanece no governo ainda nesta quarta-feira.

Meirelles se reuniu ontem com o presidente Lula para discutir se fica ou não no cargo e pediu 24 horas para tomar uma decisão.

Substitutos

A maior parte dos novos ocupantes dos ministérios tem perfil mais técnico e já ocupava cargos nas pastas.
A maior exceção fica no Ministério da Agricultura, onde Reinhold Stephanes - que deve concorrer a um cargo de deputado federal pelo Paraná - foi substituído pelo ex-deputado Wagner Rossi, ex-presidente da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e indicado ao posto pela direção nacional do PMDB.

Os dois ministros que disputam a vaga de candidato da base aliada ao governo de Minas Gerais, Hélio Costa, das Comunicações, e Patrus Ananias, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, também deixaram seus cargos.
O Ministério das Comunicações será assumido pelo ex-chefe de gabinete José Artur Filardi e o do Desenvolvimento Social por Márcia Lopes, que foi secretária-executiva da pasta.

Já Geddel Vieira Lima, que deve concorrer ao governo da Bahia, será substituído pelo secretário-executivo João Santana na Integração Nacional, enquanto Alfredo Nascimento, pré-candidato ao governo do Amazonas, deixa a pasta dos Transportes para Paulo Sérgio Passos, também secretário-executivo.

Márcio Zimmermann assume o Ministério das Minas e Energia no lugar de Edison Lobão, que deve concorrer ao Senado pelo Maranhão. José Pimentel, que deve tentar uma vaga no Senado ou na Câmara pelo Ceará, deixa a Previdência Social para Carlos Gabas.

Por fim, Carlos Minc deixa o Ministério do Meio Ambiente para Izabella Teixeira para tentar uma vaga de deputado estadual no Rio, enquanto Edson Santos, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, será substituído por Elói Ferreira para concorrer a deputado federal pelo Rio.

Serra

Também já entrando no clima da campanha presidencial, o governador de São Paulo, José Serra, pré-candidato do PSDB à Presidência, fez na tarde desta quarta-feira um balanço de seus três anos de mandato, em um ato convocado para ser sua despedida do governo.
Durante o evento no Palácio dos Bandeirantes, que contou com a participação de cerca de 4 mil pessoas, Serra lançou aquele que deve ser seu slogan de campanha: "O Brasil pode mais".

De acordo com a assessoria do Palácio dos Bandeirantes, no entanto, Serra deverá se desligar oficialmente do governo apenas na próxima sexta-feira, último dia do prazo dado pelo TSE, quando entregará a renúncia à Asssembleia Legislativa. Em seu lugar assume o vice Alberto Goldman.
O lançamento oficial de sua candidatura à Presidência está marcado para o dia 10 de abril, em um evento em Brasília.

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