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segunda-feira, 29 de março de 2010

Lula abre Gasene e anuncia duplicação da rodovia

Ilhéus-Itabuna com recursos do PAC 2, em sua primeira visita presidencial a Itabuna. Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou o Gasoduto de Integração Sudeste-Nordeste, obra de US$ 7,2 bilhões. gasene
      Também anunciou recursos para a duplicação da rodovia Ilhéus-Itabuna e reurbanização dos acessos. As entradas de Itabuna e Ilhéus foram consideradas “chinfrins” pelo presidente.
      Durante a solenidade no parque de exposições Antônio Setenta, o presidente viu protesto de policiais militares e civis, que querem a aprovação da PEC 300, e pequenos grupos de produtores e indígenas em conflito por demarcação de terras.
      Lula ainda recebeu documento pedindo a anistia das dívidas das duas primeiras etapas do Programa de Recuperação da Lavoura. Horas antes, numa entrevista a emissoras de rádio, ele deixou claro que não aceita calote por parte dos fazendeiros.
      Antes de chegar ao parque de exposições, o presidente inaugurou a base de distribuição de gás natural, entregue pela Petrobras e que será operada pela estatal Bahiagás. A base teve investimentos de R$ 2,7 milhões e vai oferecer gás natural para indústrias e veículos.
      Em discurso, o presidente fez a defesa de seu governo e lembrou que muitos duvidavam da capacidade da Petrobras e de parceiros executarem a obra do Gasoduto. A obra gerou mais de 47 mil empregos nos estados do Espírito Santo e Bahia.
      O gasoduto vai transportar, diariamente, uma média de 20 milhões de metros cúbicos de gás natural do Rio de Janeiro para a Bahia, a depender da demanda regional. A base de Itabuna terá capacidade para fornecer 500 mil metros cúbicos de gás por dia.
      “Sai daí, Geddel!”
      Mais de cinco mil pessoas participaram da solenidade em Itabuna. Parte do público vaiou intensamente o ministro da Integração Nacional, o peemedebista Geddel Vieira Lima. gasene
      Bastava uma autoridade citar o nome do ministro para ocorrer a vaia, também acompanhada de palavras de ordem. Grande parte do público gritava, em uníssono, “sai daí, Geddel”. Seguiu assim até o governador Jaques Wagner assumir o microfone.
      Ao citar o nome de Geddel e ouvior as vaias para o ministro, Wagner interrompeu o discurso e deu uma bronca na plateia.
      O clima anti-Geddel se deve à intensa disputa política entre PT e PMDB no estado. O ministro era aliado do governador Jaques Wagner até agosto do ano passado, quando os peemedebistas deixaram o governo estadual.
      Wagner lembrou que ali não se tratava de palanque eleitoral. “Todos que aqui estão são convidados da figura maior, que é o presidente Lula”. E ensinou: “a gente bate palma para quem a gente gosta. Se não gosta, não diz nada”.
      Lula voltou à carga quando tomou a palavra. “Não é correto vaiar,” disparou. Mas completou dizendo que o alegrava vir à Bahia e ver a transformação provocada pelo governador Jaques Wagner.
      Disse isso não sem antes mencionar que, possivelmente, no outro dia os jornais só iriam noticiar “as vaias a Geddel”. A fala é uma “cola” do seu discurso em Ilhéus, em 2008, quando lançava o empacado PAC do Cacau.
      O evento congestionou a rodovia em frente ao parque de exposições, obrigando muita gente a andar na lama ou voltar para casa por falta de local para estacionar. Mas quem tinha TV Cabo pode assistir a cerimônia na íntegra pelo canal 21, da TV Brasil.

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