Jabes Ribeiro Crédito: JBO |
O ex-prefeito de Ilhéus e secretário-geral do Partido Progressista (PP) na Bahia, Jabes Ribeiro, disse hoje pela manhã que apesar de ter votos, não tem dinheiro para disputar em condições de igualdade as eleições para deputado estadual em 2010. Ele lembrou que passou pelos mesmos problemas em 2006, quando as pesquisas de intenção o apontavam como um dos deputados eleitos, condição que terminou não sendo confirmada nas urnas naquela oportunidade. “Os compromissos assumidos não foram cumpridos e vi os votos de esvaziarem em 30 dias”, lembrou.
Durante entrevista concedida ao radialista Erivaldo Vilanova, no Programa O Tabuleiro, da Rádio Conquista FM, Jabes Ribeiro disse que não tem o direito de ser candidato “apenas por ser” e que após 20 dias de reflexão decidiu pela retirada da sua candidatura levando em consideração dois aspectos: o custo de uma campanha com chances reais de vencer e a necessidade de estar livre para a disputa das eleições municipais em Ilhéus, em 2012. “Não estou antecipando etapas. Mas não posso dizer aos parceiros e companheiros de agora que ficarei de fora do pleito de daqui a dois anos”, justificou. O secretário-geral do PP disse que disputar a sucessão do prefeito Newton Lima – que é seu adversário político – não é uma decisão pré-definida. Vai depender do apoio popular, informou. “Não posso definir hoje uma situação que somente daqui a dois anos vai ocorrer. Mas sei do compromisso que tenho com Ilhéus”.
Nenhum dos dois – Jabes Ribeiro confirmou que continuará apoiando a reeleição do deputado federal Mario Negromonte, mas descartou qualquer possibilidade de apoiar Negromonte Júnior ou Cacá Leão, candidatos a deputado estadual pelo seu partido. Segundo informou, a preliminar básica é para que o seu patrimônio eleitoral permaneça com o PP e com pessoas em condições de ganhar a eleição e apoiá-lo em 2012. “Se não for do partido, o escolhido será entre os aliados”, garantiu. Para Jabes, o importante é sair vitorioso das eleições de 2010 mesmo sem ser candidato. Político experiente, lembrou que são enormes, na sua opinião, as chances do governador Jaques Wagner ser reeleito. “A vitória dos meus candidatos me fortalece com vistas ao futuro, inclusive de ocupar espaços no futuro governo de Wagner”, concluiu.
Paralelo à desistência anunciada, Jabes Ribeiro – que já foi prefeito de Ilhéus por três mandatos – aparece na lista dos 857 gestores municipais, presidentes de câmaras municipais e responsáveis diretos por empresas vinculadas à esfera municipal que tiveram contas rejeitadas pelo órgão entre os exercícios de 2002 e 2008. Na última quinta, véspera de feriado do 2 de Julho, o TCE entregou sua lista, que conta com 203 nomes ligados a supostas irregularidades.
Pela nova Lei da Ficha Limpa, sancionada em julho pelo presidente Lula, o candidato que tiver conta rejeitada por uma corte de conta (TCU, TCE e TCM) por dano insanável e incorrigível está inelegível por oito anos a contar da data da condenação.
A entrega das listas atende à Legislação Eleitoral, que determina aos Tribunais de Contas o envio para o TRE, até o dia 5 de julho, da relação dos gestores que tiveram contas rejeitadas nos último oito anos (prazo contido na nova lei). Antes da aprovação da Ficha Limpa, esse prazo era de cinco anos. A nova Lei, contudo, sofre questionamentos em tribunais superiores.
Clique aqui e veja mais detalhes sobre a decisão de Jabes Ribeiro em não concorrer nas eleições de 2010.
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