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terça-feira, 6 de abril de 2010

Bahia reduz em mais da metade os óbitos por meningite

No primeiro trimestre deste ano houve, na Bahia, uma redução de 57% no número de óbitos causados por todos os tipos de meningites, em relação ao mesmo período de 2009. Dezoito mortes foram registradas até a 11ª Semana Epidemiológica, em 20 de março. Em 2009, esse número chegou a 42. A informação é Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde (Suvisa), da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab).
De acordo com a superintendente Lorene Pinto, essa redução está associada a uma maior celeridade no diagnóstico da doença por parte dos profissionais de saúde - o que evita o agravamento dos casos - e também a atenção redobrada da população para os sintomas da doença. No estado, ainda no primeiro trimestre, foram registrados 186 casos de meningites de todos os tipos. Em 2009 ocorreram 296.
A superintendente esclarece que expectativa da Sesab é que a vacinação contra a meningite C, realizada nos menores de cinco anos, contribua ainda mais para a redução do número de casos. Ela explica que ainda é cedo para calcular o impacto da vacinação sobre a redução de casos, mas, a partir do segundo semestre, quando a vacinação terá alcançado todas as regiões do estado, poderá se feita uma avaliação melhor acerca da vacina.
O município de Salvador também apresentou redução no número de casos registrados - de 129, em 2009, para 113, em 2010. A exceção fica por conta do tipo meningite bacteriana, sendo o único que apresentou um discreto aumento - passou de 41casos, em 2009, para 48, este ano, um acréscimo em torno de 15%. No mesmo período, o número de óbitos por meningites também teve um pequeno aumento, subindo de 10 para 11.
No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, o estado de São Paulo foi o que apresentou, em 2009, a maior incidência da meningite meningocócica C, tendo 2,8 pessoas infectadas por grupo de 100 mil habitantes. O segundo colocado foi do Distrito Federal (1,7 para cada 100 mil habitantes) seguido por Amazonas (1,2 para 100 mil habitantes). A Bahia terminou o ano de 2009 com o 4º lugar na incidência de meningite meningocócica C, com cerca de um caso por grupo de 100 mil habitantes, menos da metade da incidência registrada em São Paulo.

Lorene Pinto chama a atenção da população para que não se automedique, pois isso pode mascarar os sintomas da doença, dificultando o diagnóstico. “Ao sentir febre alta e persistente, rigidez na nuca ou dor no pescoço, vômito em jato, dor de cabeça forte e constante, náuseas, manchas vermelhas pequenas ou grandes na pele é imprescindível procurar imediatamente um serviço de saúde”, explicou. Para os recém-nascidos, os pais devem ficar atentos aos sintomas de irritabilidade, choro excessivo, afundamento na moleira, dificuldade de movimentos na cabeça, cansaço e falta de apetite.

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