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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Amadorismo

Abaixo publico uma foto da divisa entre os municípios de Ilhéus e Itabuna, onde estão sendo implantados dois investimentos em Ilhéus (já aprovados, licenciados - com um em andamento) e um investimento anunciado para Itabuna. Em Ilhéus estão os projetos do Atacadão Carrefour e do Makro Atacadista. Em Itabuna pretende se instalar a Walmart.
Há noventa dias, estando sentado na fila da CEF - Agência Jorge Amado, um cidadão, dirigindo-se a mim, disse que era "uma mentira a notícia do governo informando da implantação do Carrefour no Salobrinho". Para o cidadão, o local do empreendimento não era Salobrinho. Argumentei informando que o limite do bairro Salobrinho ia até a divisa com Itabuna.

Poligonal estimada dos empreendimentosprevistos para Ilhéus e Itabuna.
Não houve meio de convencê-lo. Ele insistia dizendo que o governo devia obrigar a empresa a construir dentro do Salobrinho. Não houve meio de esclarecer que uma empresa tem liberdade de se instalar onde achar mais conveniente, onde seus executivos entenderem que é o melhor local de logística e o melhor local para acesso da grande maioria dos seus clientes etc.
O cabra não aceitou nenhum argumento.
Toco neste assunto devido às discussões estabelecidas recentemente, quanto ao limite territorial de Ilhéus e seus vizinhos, que tiveram uma tentativa de 'esquentamento' através dos comandantes do prestigiado site Pimenta na Muqueca (confira) e pelo material publicado no não menos importante site R2CPress, pelo ilheense José Rezende Mendonça (confira), acusando o governo municipal de amador, no que se refere ao tratamento dado ao problema.
Tenho evitado de todas as maneiras transformar este blog em um veículo 'chapa branca', devido a minha participação no governo municipal, porém, algumas vezes sinto-me obrigado a escrever, sobretudo quando algumas situações exigem. Esta é uma delas.
No mês de novembro passado, durante uma palestra na UESC, conversei com Dra. Rita Pimentel, uma das responsáveis pelo levantamento aerofotogramétrico e aquisição de imagens de satélite para atualização cartográfica do Estado da Bahia. Fui me inteirando aos poucos do assunto.
Por fazer parte da Comissão Municipal de Estatística do IBGE, que ajuda a preparar os trabalhos do Censo que se avizinha, pude constatar (juntamente com outras pessoas) que o levantamento realizado pela Superintendência de Estudos Sócio Econômicos (SEI), para atualização do mapa territorial de Ilhéus, continha alguns equívocos. Imediatamente, dividi o problema com outros companheiros de governo, de modo especial Alisson Mendonça, que assumiu o Planejamento da PMI.
A SEI é o órgão do Estado que tem a competência e responsabilidade para dirimir as dúvidas e estabelecer os limites descritos nas leis que definem os perímetros urbanos dos municípios baianos. O IBGE seguirá as informações decorrentes do trabalho da SEI, e não da Prefeitura de Ilhéus, da Prefeitura de Itabuna, da Ceplac, de Rezende ou de quem quer que seja.
Desta forma, respeito, mas não aceito, a opinião de Rezende, atribuindo 'amadorismo' ao tratamento dado ao problema pelo governo.
É amadorismo procurar resolver o problema com a participação do órgão responsável?
É amadorismo convidar os vizinhos para acompanhar o levantamento e dirimir todas as dúvidas que aparecerem?
Se isso for amadorismo, então o governo é amador.
Penso que chegou o tempo de nos unirmos para buscar o desenvolvimento, buscar o crescimento ordenado, planejado. Acabou o tempo da rivalidade existente entre Ilhéus e Itabuna. Infelizmente descobri isso tarde, contudo, felizmente, descobri!
Somos um só povo, uma só cultura. Em breve seremos uma cidade separada apenas por uma rua. Creio que não verei isso, mas tenho certeza que meus netos verão. Para isso trabalharei enquanto tiver forças, dentro ou fora do governo.
Temos que pensar grande, resolvendo com serenidade os problemas pequenos. Problema grande é desemprego, é a saúde e a educação que deixam a desejar. Problema grande é vermos as drogas corrompendo nossos jovens, problema grande é assistirmos noticiários que só informam o número de mortos no final de semana.
Pensemos juntos, sem buscarmos criticar gratuitamente quem está tentando fazer alguma coisa de boa por todos. É hora de união, é hora de buscarmos soluções conjuntamente. Nosso povo merece isso, principalmente as gerações futuras.

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