
O Hubble passou por reforma no ano passado e
vai continuar operando ao menos até 2013
vai continuar operando ao menos até 2013
Durante suas 110 mil voltas em torno da Terra, feitas a uma velocidade de 28 mil km/h, o observatório fez mais de 570 mil imagens de 30 objetos celestiais. De acordo com a Nasa (agência espacial dos EUA), nesses 20 anos os dados obtidos pelo telescópio atingiram a marca de 45 terabytes, "o suficiente para encher 5.800 DVDs".
Apesar do sucesso, o Hubble já passou por percalços, incluindo ter de usar "óculos". Depois de poucos meses de funcionamento, os técnicos descobriram que o principal espelho do telescópio havia sido fabricado de modo errado, o que causou um problema grave no foco do equipamento. Como o espelho não poderia ser trocado ou consertado, decidiu-se fazer uma correção e usar um sistema que tem um papel muito parecido com o que óculos ou lentes de contato têm para o ser humano. Foi preciso fazer uma missão de 11 dias e cinco caminhadas espaciais com o ônibus espacial Endeavour para ajustar o espelho.
No ano passado, o Hubble passou por uma boa recauchutagem. A reforma, que custou US$ 1,1 bilhão (R$ 2 bilhões), incluiu a instalação de duas novas câmeras e a troca de outros instrumentos cientificos. Sete astronautas foram ao espaço a bordo do ônibus espacial Atlantis para fazer o trabalho, uma missão que durou 11 dias. O telescópio esperou anos por essa "funilaria". Essa missão estava prevista inicialmente para 2004, mas teve de ser cancelada depois da explosão da nave Columbia, em 2003, quando sete astronautas morreram – o governo dos Estados Unidos mandou parar as viagens de ónibus espaciais até que fosse provado que esse tipo de veículo era seguro.
Ed Weiler, porta-voz da Nasa, diz que o "o Hubble é sem dúvida um dos mais reconhecidos e bem sucedidos projetos científicos da história".
– O trabalho feito no ano passado deixou o observatório no máximo de sua capacidade. É um novo início para os trabalhos científicos, que tem um impacto na nossa sociedade.
Nesta semana, a Nasa anunciou que estendeu seu contrato com a Associação de Universidades para Pesquisa de Astronomia para a administração do Hubble. A prorrogação vale por três anos, até 30 de abril de 2013, e deve custar aproximadamente R$ 198 milhões (US$ 113 milhões). A agência espacial americana continuará responsável pelo fornecimento de produtos e serviços necessários para o programa científico.
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