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segunda-feira, 3 de maio de 2010

"O governo nos tratou com menosprezo e soberba", diz presidente estadual do PMN


Carlos Massarollo

Crédito: JBO

O presidente estadual do PMN, um dos partidos que acabam de anunciar apoio à candidatura do ex-ministro Geddel Vieira Lima, disse nesta segunda-feira (03) ao Jornal Bahia Online que o “casamento” que mantinha com o governador Jaques Wagner chegou ao fim, diante do “menosprezo e da soberba que os padrinhos conduziram a relação”, numa alusão direta ao presidente estadual do PT, Jonas Paulo, e ao ex-secretário estadual de Relações Institucionais, Rui Costa.
Sobre o ex-secretário, Carlos Massarollo foi mais enfático: “conduziu as relações partidárias muito mais em benefício político pessoal do que propriamente em benefício do governo que representava”. Costa – como se sabe – é candidato a deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores e no exercício da função chegou a ser considerado “um problema” pelos partidos aliados ao governo. “Saímos não por problemas com a pessoa do governador Wagner mas pelo tratamento que nos dispensaram”, relatou o presidente do PMN.
Carlos Massarollo criticou a forma como o governo da Bahia trata o que considera “históricos aliados”. Disse que os partidos e os deputados não têm retorno das reivindicações e cada dia mais se sentem cobrados pelas bases quando vêem setores tradicionais do carlismo ocupando os espaços que deveriam ser dos verdadeiros aliados.
“Nossa ligação com o governador Wagner vem desde 2002. Temos um histórico de parceria com ele. Mas talvez nem ele perceba que os seus correligionários agem como uma máquina destruidora em nossas bases eleitorais, sem respeitar as parcerias  políticas construídas de forma clara. Difícil isso. Eles (Jonas e Rui) disseram que precisariam da gente agora e em 2012 mas não agiram como quem respeita estas parcerias”.
Sobre o governo, mais críticas. “Tivemos dificuldades de conversar com o próprio governador. Nem os nossos parlamentares conseguiram. Na região a gente não vê acontecer as coisas”, afirmou. O presidente estadual do PMN confessou que o atual vice-prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre, tentou aproximar o partido do ex-governador Paulo Souto, mas tanto o PMN quanto os demais partidos pequenos que agora se insurgem, resolveram acreditar na proposta do PMDB. "Estamos indo para aonde seremos ouvidos", concluiu.

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