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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Defesa do Porto Sul na Feira de Negócios da Faculdade de Ilhéus

Faculdade debate novas perspectivas

Crédito: Ascom



Com a finalidade de consolidar a cultura empreendedora como ferramenta pedagógica da instituição, foi aberta nesta quinta-feira (27), a V Feira de Negócios e Oportunidades da Faculdade de Ilhéus, em sua sede. A defesa da implantação do complexo intermodal, conforme projeto dos governos federal e estadual, constituiu a tônica principal das palestras de abertura do evento, que contou com a participação dos diretores da instituição, Almir e Sandra Milanesi, do secretário Extraordinário da Indústria Naval e Portuária da Bahia, Roberto Benjamin, do diretor-presidente da Sudic, Nilton Cruz, dos professores Amarildo Morett e Gilvan Tavares, da gerente de Comunicação de Desenvolvimento Sustentável da Bahia Mineração, Amine Darzé, além dos secretários Alisson Mendonça e Alfredo Landim, do presidente da CDL, Marcelo Oliveira, entre outros.

O prefeito Newton Lima que participou do evento, citou os empreendimentos que estão consolidados para o município, a exemplo do Atacadão Carrefour, a Makro, terminal pesqueiro e a Zona de Processamento de Exportação (ZPE), já em fase de construção. “Temos o grande desafio de vencer os que querem manter Ilhéus no atraso e garantir para os nossos filhos e netos o pleno funcionamento do complexo intermodal, que inclui o Porto Sul, o aeroporto de nível internacional e a ferrovia que ligará o sul da Bahia ao estado de Tocantins”. E conclamou a “todos aqueles que querem uma Ilhéus voltada para o futuro que se unam àqueles que defendem o intermodal”.

Para o diretor Almir Milanesi, a feira de negócios e oportunidades “permite compartilhar com a comunidade regional os conhecimentos construídos no meio acadêmico, buscando suprir as demandas de mercado da região e é também uma oportunidade para as realizações de empreendedores e de incentivo aos seus negócios”. Por sua vez, Nilton Cruz, diretor-presidente da Sudic, fez exposição mostrando os 14 distritos industriais do estado, que passam por reforma, traçando um perfil da indústria baiana, inclusive, suas características de descentralização.

Cruz disse que estão sendo desenvolvidos mais nove distritos, entre eles, o de Itabuna, que ganha um Pólo Têxtil. Falou do projeto de duplicação da BR-101, que vai começar no Espírito Santo até Eunápolis, já no segundo semestre, e o trecho de Feira de Santana a Sergipe, cujas obras vão começar imediatamente. Sobre o Distrito Industrial de Ilhéus que conta com 57 empresas, falou que o prazo dos incentivos fiscais foi prorrogado.

O secretário Roberto Benjamin também conclamou a comunidade para lutar em favor das alternativas de desenvolvimento que estão sendo implementadas na região. Conforme disse, o porto de Ilhéus foi feito para exportação de cacau e lamentavelmente, o cacau seguiu outro rumo. Mas destacou que “a ferrovia oeste-leste vai permitir escoar os produtos agrícolas e depois os minerais. Para esse estudo do porto sul, consideramos que apenas 2 milhões de toneladas de soja serão transportadas para provar viabilidade do porto. Essa região, com uma ferrovia fazendo com que os produtos fiquem mais competitivos, tem condições de produzir cinco vezes isso. Vamos assistir outra revolução no oeste da Bahia. Temos condições de produzir 10 milhões de toneladas de soja e transportar com preços competitivos”.

Benjamin disse que “o Brasil, infelizmente, tem pouca ferrovia e utiliza muito pouco as hidrovias. Pretendemos com esse complexo intermodal canalizar também a hidrovia do rio São Francisco, que é o mais barato de todos os modais de transporte e fazermos com que os nossos produtos possam ser exportados com preços competitivos. O complexo intermodal envolve o terminal privativo da Bahia Mineração, que vai exportar o minério vindo de Caetité, cuja responsabilidade de construção é integralmente da empresa, cabendo ao governo federal a construção da ferrovia. E aproveitando a existência do porto privado, vamos fazer acoplados aí, um porto público, economizando do ponto de vista econômico e ambiental a construção da ponte que será única”.

O professor e economista Gilvan Tavares falou da conjuntura municipal, alertando para a queda do ICMS que em 1997 respondia por 2,3% da arrecadação baiana e que em 2010 caiu para 1,13%. Disse que os serviços correspondem hoje a 35,5%, a industrialização a 61% e a agropecuária a 3,5% do PIB da ordem de R$ 1.853.020.000,00. Lembrou que o comércio fatura 450.000.000,00, e que o Pólo de Informática que fatura 1.400.000.000,00, segurou a economia ilheense.

Para Amine Darzé, gerente da Bamin (sexta maior exportadora de minério do mundo), a Bahia passa a terceiro produtor de ferro do país. Além de falar da importância do porto sul e mostrar o projeto, citou alguns projetos sociais que estão sendo desenvolvidos em Ilhéus, a exemplo do Transformar, em parceira com o Instituto Aliança, que em 2009 beneficiou 350 famílias e foi apontado como uma das boas práticas territoriais de todo o Brasil pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário.

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