Guincho que matou três pessoas na BR-415 está irregular

O caminhão trafegava completamente irregular pela rodovia; uma quebra na suspensão tirou a vida de três pessoas
O grave acidente que vitimou uma família na BR-415, no início da tarde de hoje, foi provocado por um caminhão-guincho que trafega irregularmente em Ilhéus e Itabuna. Sem a devida identificação (o veículo está "em reparos", e apresenta a lataria coberta por massa de acabamento), o caminhão não possui a sinalização de segurança na parte traseira nem nas laterais. Também falta um vidro na parte traseira da cabine e a identificação pelas placas policiais.
O sinistro foi provocado por esse veículo, que roda tranquilamente nas estradas e nas cidades do sul da Bahia. Uma peça da suspensão dianteira se partiu - possivelmente o eixo ou uma mola -, que fez com que o motorista perdesse o controle da direção e invadisse a pista contrária, colhendo de frente o Fiat Uno prata, placas JRP 8503.
O veículo de passeio era dirigido por Fernando Cândido Lindote Garcia Júnior, que trafegava de Ilhéus em direção a Itabuna, com sua esposa, Priscila Carvalho Lindote, e o filho do casal, Igor Carvalho Lindote Garcia, de pouco mais de um mês de vida.
O motorista do caminhão, de acordo com informações preliminares, era Hildebrando Brandini, dono do guincho Brandini, que tem sede nas proximidades do terminal rodoviário de Ilhéus, na entrada da cidade.
Ao ver o estrago que provocou, o motorista fugiu, tomando a direção do rio Cachoeira. Informações não confirmadas, colhidas no local, diziam que ele teria se apresentado na polícia civil, em Ilhéus, no meio da tarde.
O guincho voltava de Itabuna, para onde rebocou um carro-forte de uma transportadora de valores.
O Trombone questionou um policial rodoviário estadual, que fazia o registro da ocorrência no local do acidente, sobre a permissão para um veículo naquelas condições trafegar pela rodovia. Ele se limitou a dizer que "não é permitido".
Esse foi o segundo acidente na BR-415 em 24 horas.