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quarta-feira, 23 de março de 2011

Débitos (os até agora apresentados) da Santa Casa já dão sinais de impagáveis

Santa Casa luta contra o tempo

Crédito: Google
Se os compromissos já vencidos e não quitados junto a fornecedores da Santa Casa de Misericórdia de Ilhéus, estimados em 1 milhão e meio de reais, preocupavam a comunidade regional que está na iminência de ver fechar, dentre outras coisas, a única maternidade pública do município, é melhor "colocar a mão na cabeça": o clima é de desespero. A situação é bem mais grave do que se imaginava. Ao ser entrevistado na manhã desta quarta-feira (23) no programa O Tabuleiro, da Conquista FM, de Ilhéus, o diretor administrativo da Santa Casa, médico Carlos Alberto de Lira, anunciou que os débitos vão muito além deste montante e revelou outros números assustadores.
Somente junto a Embasa, a Santa Casa deve 6 milhões de reais. À Coelba, cerca de 600 mil reais. Isso sem contar com fornecedores que não atendem mais a instituição e que protestaram títulos, cujo valor também chega a 600 mil reais. Incluam-se nesta lista, salários, débitos juntos ao INSS, FGTS, Receita Federal, lavanderia e empresas terceirizadas que atendem as duas unidades mantidas pela instituição, o Hospital São José e a Maternidade Santa Helena.
Em resumo. Se todos achavam a situação grave, ponha mais grave nisso. É gravíssima. Setores da sociedade organizam ações no sentido de impedir o fechamento das unidades mas, apesar da boa vontade, o sentimento de quem vive diariamente a realidade dá sinais claros de que o "paciente" agoniza. "Eu não sei se vai dar tempo. Se o hospital consegue esperar o resultado concreto desta campanha", reconheceu o diretor Carlos Lira ao radialista Erivaldo Vilanova.
"Os fornecedores atuais já estão começando a negar a entrega de insumos e medicamentos básicos", anuncia. Durante a sua participação no programa, Lira chegou a propor que a gestão da Santa Casa seja assumida pelo Governo da Bahia, através da secretaria estadual da Saúde. "Nosso problema é de recurso, não é de gestão. Tanto que, se pagarmos hoje tudo que devemos, continuamos na crise. A Santa Casa precisa de recursos adicionais para sobreviver", informou.

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