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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Professores voltam da porta dos ônibus por falta de crédito no vale-transporte




Lidiney Campos

Crédito: Ascom
Professores e servidores da rede municipal de ensino de Ilhéus tiveram que passar por uma delicada situação nesta quarta-feira (08) pela manhã. Aqueles que dependem do transporte público para se deslocar até o local de trabalho, tiveram que retornar da porta dos ônibus. A prefeitura não recarregou os cartões que garante o transporte da equipe e, sem crédito, muito servidores tiveram que retornar para casa.
De acordo com informações chegadas ao Jornal Bahia Online, algumas escolas tiveram que cancelar as atividades por falta de professor e servidor administrativo. A secretária de Educação Lidiney Campos, procurada pela reportagem, disse que não tem conhecimento da ausência dos professores e que não se trata de um "movimento organizado". "Se houver casos, são casos isolados", afirmou.
A secretária, no entanto, reconhece o atraso no pagamento do vale-transporte. "Ontem não sei se foi depositado. Mas até segunda não havia sido não", confirmou. Os professores e servidores alegam que, além de um direito, o vale-transporte é fundamental para o deslocamento e sem o recebimento do benefício não há outra forma de frequentar as salas de aula e consideraram "uma humilhação" ter que retornar da porta do ônibus por falta de crédito.
A decisão de retornar para casa e de não comparecer ao local de trabalho acontece, de acordo com a categoria, depois de várias tentativas de organizar a data da recarga. Por lei, ela deve ocorrer até o quinto dia útil de cada mês. "No mês passado ele só fizeram isso no dia 8. Este mês, já estamos no dia 9 e nada", explicou um dos manifestantes.
A presidente da Associação dos Professores, Enilda Mendonça, confirma a informação da secretária de que não houve um movimento organizado. Mas ressalta que a orientação do sindicato para a categoria é que, quando acabe o crédito, não haja a orbigatoriedade de comparecer. "É natural isso", afirmou. "Mas o crédito de todo mundo não termina no mesmo dia. Devem haver casos isolados, mas não é um movimento organizado pelo sindicato", afirmou.

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